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Dra. Nádia Betti

Dra. Nádia Betti

Apaixonada pela medicina, a Dra. Nádia Betti graduou-se na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e especializou-se através de residência médica em Alergia e Imunologia no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - IAMSPE. É especialista ainda em Clínica Médica pela Fundação Hospital Adriano Jorge - FHAJ.

Dermatite Atópica

Sinônimos: Eczema, eczema atópico e dermatite atópica

A Dermatite Atópica (DA) é uma doença inflamatória, crônica recidivante, não contagiosa e extremamente pruriginosa. Atopia (probabilidade do desenvolvimento de doenças alérgicas) é um achado notoriamente comum nesses pacientes e frequentemente está associada a ASMA e RINITE ALÉRGICA.

Com uma prevalência de 2-5% (em crianças e jovens adultos aproximadamente 10%), a dermatite atópica é uma das dermatoses mais comumente vistas.  Existe uma predisposição genética e  além disso, os fatores ambientais podem aumentar ou reduzir o desenvolvimento de alterações cutâneas. 

Em muitos pacientes com eczema, as reações alérgicas mediadas por IgE desempenham um importante papel fisiopatológico. No entanto, há também pacientes nos quais fatores irritativos associados a influências psicossomáticas (estresse) parecem ter grande importância. A relevância clínica de uma sensibilização alérgica deve ser avaliada em cada indivíduo (isto é, a positividade dos exames de alergia deve ser avaliada caso a caso).

Sinais e Sintomas nas fases da vida

O eczema atópico, termo utilizado como sinônimo da dermatite atópica, é sua manifestação mais comum e caracteriza-se por lesões inflamadas da pele, avermelhadas, que coçam, descamam e, às vezes, ficam úmidas. Inicia-se no primeiro ano de vida, na maioria dos casos, tem uma evolução crônica e cerca de 60% das crianças apresentam redução ou desaparecimento das lesões antes da adolescência. 

No bebê as lesões predominam na face e nas superfícies externas dos braços e pernas. 

Nas crianças maiores e nos adultos as lesões acometem principalmente as dobras do corpo, como as dos joelhos, cotovelos e pescoço. Nos casos mais graves, pode acometer grande parte da superfície corporal. Portadores de dermatite atópica apresentam uma incidência maior de infecções bacterianas, fúngicas ou virais da pele.

Diagnóstico de Dermatite Atópica
Lesões cutâneas eczematosas 
Início precoce e localização típica das lesões cutâneas de acordo com a idade
Prurido (Coceira)
Estigmas da Atopia (Veja abaixo)
História pessoal ou familiar de atopia
Sensibilização mediada por IgE (demonstrada pela IgE sérica específica ou pelo prick test)

A dermatite atópica tende a aparecer ou a piorar quando a pessoa é exposta a certas substâncias ou condições. São fatores desencadeantes:

– Pele seca; 
– Poeira; 
– Detergentes e produtos de limpeza em geral; 
– Roupas de lã e de tecido sintético; 
– Baixa umidade do ar; 
– Frio intenso; 
– Calor e transpiração; 
– Infecções; 
– Estresse emocional; 
– Certos alimentos (principalmente na dermatite atópica moderada a grave).
Sinais da Atopia:
Pele seca
Hiper-linearidade palmar e plantar
Prega de Dennie-Morgan 
Sinal de Hertoghe (rarefação lateral das sobrancelhas)
Curta distância entre o crescimento do cabelo do couro cabeludo na linha temporal e as sobrancelhas
Hipercromia periorbital (olheiras)
Dermografismo branco

Cerca de 30% dos pacientes com dermatite atópica podem apresentar alergia a algum alimento, sendo mais frequente nas crianças abaixo de 2 anos de idade e nos casos mais extensos e graves.

Os testes de laboratório para a pesquisa de alergia alimentar devem ser interpretados de maneira muito cautelosa. O prick test é feito na pele e o RAST no sangue. Ambos detectam a IgE específica para o alimento suspeito. Um teste negativo exclui em 90% dos casos uma alergia alimentar. Já um teste positivo pode ser um falso positivo em uma porcentagem elevada de casos e desse modo será necessário excluir o alimento e verificar como o paciente se comporta. Devemos sempre ficar atentos a exclusões alimentares desnecessárias, que em muitos casos podem afetar o estado nutricional do paciente. Não há comprovação científica que o uso de conservantes ou corantes agrava a dermatite.

Cuidados relacionados a Dermatite Atópica


– Uso diário e contínuo de cremes hidratantes. O creme hidratante deve ser aplicado na pele úmida, até 3 minutos após o banho.

– O creme hidratante deve ser branco e sem perfume e deve ser aplicado pelo menos duas vezes ao dia. Alguns pacientes precisam aplicar quatro ou mais vezes. 

– O banho deve ser morno ou frio, com duração média de 5 a 10 minutos, sem bucha / esponja de banho.

– O sabonete neutro deve ser utilizado o mínimo necessário e em um único banho. Se o sabonete está deixando a pele mais irritada ou seca, troque o sabonete ou suspenda o seu uso temporariamente. 

– Se a pele não estiver suja, limite o seu uso às axilas, região genital, mãos e pés. 

– Secar levemente a pele, evitando esfregar a toalha.

– Use roupas leves, de algodão. Evite tecidos sintéticos.

 – Quando a sudorese (suor) provoca prurido, tente tomar um banho rápido e frio. Não se esqueça do hidratante logo a seguir.

 – Evite ambientes muito quentes. 

– Se o ambiente está muito seco, use umidificadores e procure hidratantes que contenham vaselina, glicerina, óleo mineral ou silicone.

– Use sempre filtro solar (branco e cremoso) antes de nadar, mesmo em piscinas cobertas. O filtro protegerá parcialmente a sua pele da ação irritativa do cloro. Logo após sair da piscina, retire a água com cloro com um banho rápido e reaplique o filtro ou creme hidratante. Não deixe a sua pele secar ao ar livre sem creme.

– O atópico geralmente melhora muito quando vai à praia desde que use o filtro solar e hidrate bem a pele.

– Nas crises, reduza as atividades físicas que provocam muita sudorese.

– Sapatos e roupas molhadas devem ser retirados imediatamente, pois podem irritar a pele e desencadear uma crise.

– Evite contato com irritantes da pele como detergentes, cosméticos perfumados e coloridos, produtos de limpeza de casa, gasolina, banhos quentes e demorados, bijuterias e excessiva lavagem das mãos.

– Mantenha as unhas curtas.

– Evite usar sabões em pó potentes e amaciantes para lavar a roupa e faça dois enxágues. 

– Lave as roupas novas antes de usá-las. Retire as etiquetas das roupas.

 – Reduza o estresse. Mantenha a calma, faça um hobbie, desenvolva uma técnica de relaxamento como ioga, respiração, massagem e etc.

– Retire carpetes e cortinas. Use protetores de colchões e de travesseiros. 

– Evite cachorros e gatos dentro do quarto.

 – Se o contato com plantas desencadeia as crises, use luvas e botas quando for mexer no jardim.   

– Siga as recomendações médica em relação ao tratamento medicamentoso para manutenção, para crises e imunoterapia.

Leia sobre Imunoterapia e entenda os benefícios.

Dra. Nádia Betti

CRM AM 6050 / RQE 3276

Centro de Alergia e Imunologia do Amazonas – CAIAM

(92) 3342.6819 / (92)99360.7813 (Whatsapp) / (92) 08217.8177

Fonte: 

Medscape/Allergy&Immunology

Eczema (E), Atopic Eczema (AE) and Atopic Dermatitis (AD). World Allergy Organization

Dermatite atópica. Sociedade Brasileira de Dermatologia

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