As alergias alimentares são reações adversas imunologicamente mediadas aos alimentos. Qualquer proteína alimentar pode desencadear uma resposta alérgica; Contudo, apenas um pequeno grupo de alimentos é responsável pela maioria destas reações. Ovos, leite, amendoim, soja, peixe, marisco, nozes e trigo são os alimentos mais frequentemente implicados.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas da anafilaxia induzida por alimentos podem incluir o seguinte:
– Prurido orofaríngeo (coceira na boca);
– Angioedema (por exemplo, edema de laringe);
– Chiado no peito ou sibilância;
– Rouquidão;
– Tosse;
– Falta de ar ou dispneia;
– Náuseas;
– Vômitos;
– Diarréia;
– Urticária;
– Prurido ocular, edema conjuntival ou inchaço periocular;
– Congestão nasal, prurido nasal, rinorréia ou espirros;
– Dor abdominal;
– Colapso cardiovascular;
Elementos necessários de uma história médica completa incluem o seguinte:
– Lista completa de todos os alimentos suspeitos de causarem sintomas (muito importante levar para a consulta todos anotados);
– Maneira em que o alimento foi preparado (cozido, cru, ingredientes adicionados);
– Quantidade mínima de exposição alimentar necessária para causar os sintomas;
– Reprodutibilidade dos sintomas na exposição ao alimento;
– História pessoal ou familiar de outras doenças alérgicas;
– Fatores que podem potencializar uma reação alérgica alimentar (por exemplo: exercício físico, drogas anti-inflamatórias ou álcool);
Além disso, obter uma descrição completa de cada reação, incluindo o seguinte:
– Via de exposição (ingestão, contato com a pele, inalação);
– Tempo de início dos sintomas em relação à exposição dos alimentos;
– Todos os sintomas observados e a gravidade de cada um;
– Duração da reação;
– Tratamento e resposta clínica ao tratamento;
– Reação mais recente.
Diagnóstico
Estudos de laboratório que podem ser úteis incluem o seguinte:
• Teste específico de imunoglobulina E (IgE): Os resultados positivos indicam principalmente sensibilização e podem não confirmar alergia clínica; Testes laboratoriais específicos para algumas hipersensibilidades alimentares não estão disponíveis;
• Ensaios de libertação de histamina de basófilo: Estes são limitados principalmente pesquisa;
Os testes cutâneos incluem as seguintes abordagens:
• Teste de Prick: Este é o teste de triagem mais comum para alergia alimentar; A precisão preditiva negativa excede a precisão preditiva positiva (> 90% vs <50%);
• Teste intradérmico: Geralmente evitado, devido ao risco de induzir uma reação sistêmica;
• Teste de contato: Parece promissor, recomendado apenas em casos selecionados;
As medidas de diagnóstico relacionadas a dieta podem ser úteis, como se segue:
• Diário de dieta;
• Dieta de eliminação (pode ser utilizada para fins diagnósticos e terapêuticos);
• Teste de provocação oral (pode ser aberta, simples-cego ou duplo-cego, controlada por placebo).
Tratamento
Atualmente não há terapias curativas para alergia alimentar. O único tratamento comprovado é a eliminação dietética rigorosa do alérgeno alimentício ofensivo. Uma dieta de eliminação bem controlada e bem gerida inclui os seguintes elementos:
• Educação de pacientes e famílias sobre como ler corretamente os rótulos dos alimentos e identificar palavras comuns usadas para indicar a presença do alérgeno alimentar;
• Evitar a contaminação cruzada (por exemplo, através de utensílios compartilhados ou fritadeiras) de alérgenos com outros alimentos seguros durante a preparação da refeição;
• Eliminação de apenas os alimentos que são confirmados como responsáveis pelo desencadeamento de reações alérgicas;
• Considerar exposições potenciais por diferentes vias (por exemplo, contato com a pele ou inalação);
• Identificar alimentos com possível reação cruzada;
• Evitar situações de alto risco onde a ingestão acidental ou inadvertida de alérgenos alimentares pode ocorrer (por exemplo, buffets ou piqueniques);
Apesar da aderência às medidas, podem ocorrer exposições acidentais e levar a uma reação. As estratégias para lidar com tal situação incluem:
• Criação de um plano de gerenciamento de emergência escrito e conciso (ver www.foodallergy.org), cujas cópias devem estar disponíveis em lugares apropriados (por exemplo, creches, escolas, locais de trabalho e consultores de dormitórios universitários);
• Uso de jóias de identificação médica indicando alergias alimentares;
• Garantir que o paciente tenha um número de contato de emergência disponível;
• Fornecimento de medidas de orientação antecipatória (por exemplo, educar o paciente sobre possíveis fontes de exposição acidental).
Dra. Nádia Betti
CRM AM 6050 / RQE 3276
Centro de Alergia e Imunologia do Amazonas – CAIAM
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Fonte:
Medscape/Allergy&Immunology

Dra. Nádia valoriza a importância da saúde da criança e da família de forma integral. O atendimento baseado no respeito, cordialidade e profissionalismo, gera segurança e conforto a toda a família que frequentemente encontra-se aflita por uma doença alérgica, envoltos de incertezas. Entrega o seu melhor todos os dias para os seus pacientes e tem como objetivo que eles desfrutem sua saúde e vivam sua melhor versão.